O papa Francisco permitiu formalmente que padres distribuam bênçãos a casais gays. Um documento publicado nesta segunda-feira, 18, descreve a mudança radical na política do Vaticano, insistindo que quem "procura o amor e a misericórdia de Deus" não deve ser sujeito a "uma análise moral exaustiva".

O documento do escritório de doutrina do Vaticano se baseia em uma carta que

Francisco enviou a dois cardeais conservadores, publicada em outubro.

Na resposta preliminar, o pontífice sugeriu que tais bênçãos poderiam ser oferecidas em circunstâncias específicas, se não fossem confundidas com o ritual do casamento em si.

O texto divulgado nesta segunda segue a mesma lógica. Além de reafirmar que o casamento é um sacramento vitalício entre um homem e uma mulher, sublinha que bênçãos não devem ser distribuídas durante uma união civil, no cartório, nem mesmo com as roupas e gestos associados ao ritual do matrimônio. No entanto, é assertivo em dizer que nenhum pedidos de bênçãos pode ser negado, e ponto-final.

Análise moral

O documento do Vaticano oferece ainda uma definição extensa do termo

"bênção" nas Escrituras, de forma a embasar suas justificativas. O papa defende que as pessoas que buscam um relacionamento transcendente com Deus, tentando atingir seu amor e misericórdia, não devem ser sujeitas a

"uma análise moral exaustiva" como 

precondição para receber o que procuram.

"Em última análise, a bênção oferece às pessoas um meio de aumentar a sua confiança em Deus", afirma o documento. "O pedido de benção ,portanto, expressa e alimenta a abertura à transcendência, à misericórdia e à proximidade de Deus em mil circunstâncias concretas da vida, o que não é pouca coisa no mundo em que vivemos." Sem mais!



Fonte: veja 



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