O município de Campos confirmou mais um óbito por febre maculosa, totalizando três mortes pela doença neste ano, e outro por dengue, somando duas mortes. De janeiro até novembro deste ano, o município confirmou quatro casos de febre maculosa e 2.964 casos de dengue. Atenta a esse cenário epidemiológico, a secretaria municipal de Saúde (SMS) faz um alerta à população quanto às principais medidas de prevenção contra as doenças que têm gravidade variável e alta taxa de letalidade.

Em matéria publicada em seu portal oficial, a Prefeitura apenas informou que a nova morte por febre maculosa foi de uma pessoa de 33 anos e o óbito por dengue foi de uma pessoa de 29 anos. A equipe de reportagem entrou em contato com a Prefeitura para saber mais detalhes sobre os óbitos e aguarda resposta.

A secretaria de Saúde orienta os munícipes que busquem auxílio médico mediante os sintomas que são semelhantes.

A prevenção da febre maculosa, que tem como vetor o carrapato da espécie Amblyomma cajennense ou

sculptum, conhecido como carrapato-estrela, deve ser feita por todos que tenham contato, principalmente em áreas rurais, que manipulem diretamente equinos e bovinos ou que tenham atividades, sejam recreativas ou profissionais, como caças, pesca, ou que fazem trilhas, adentrando áreas com vegetação abundante ou que sabidamente tenha a presença de capivaras.

"O carrapato que comumente fica parasitando animais silvestres como capivara também é passível de parasitar equinos, bovinos e até animais domésticos como cães e gatos", explicou o diretor de Vigilância em Saúde, Rodrigo Carneiro.

O infectologista orienta que, caso seja indispensável adentrar esses locais, que façam com roupas de manga comprida, bota e luvas de modo a cobrir a superfície corpórea. "Após a saída desse local é necessário um minucioso exame da superfície do corpo atrás de possíveis carrapatos aderidos à pele e que devem ser retirados imediatamente", completou.

Com relação à dengue, é de conhecimento de todos que a principal medida de prevenção é diminuir a população do mosquito transmissor: o Aedes aegypti. Para isso, cada cidadão deve evitar, principalmente em seu domicílio, a possibilidade da proliferação das larvas do mosquito.

Assim, todos os objetos que possam servir de criadouros para o mosquito, ainda que com pequena quantidade de água, devem ser fiscalizados e eliminados.

"Outros cuidados que podem ser tomados são o uso de repelentes e métodos de barreira como cortinados para dormir e telas contra mosquitos nas janelas. No entanto, a forma mais eficaz é evitar proliferação do vetor e, para isso, deve-se evitar água limpa parada", orientou Rodrigo Carneiro.

As duas doenças têm manifestações clínicas semelhantes, inicialmente com febre, dor no corpo, mialgia, artralgia e cefaleia que costumam evoluir nos primeiros dias sem melhora espontânea. A pessoa que apresentar esses sintomas, persistindo por 48 horas, sem melhora, deve procurar auxílio médico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades Pré-Hospitalares

(UPH). O local de referência da Prefeitura para atendimento a esses pacientes, após a procura dos locais iniciais, é o Centro de Referência da Dengue (CDR). Lá, a pessoa será avaliada para saber se tem hipótese diagnóstica e também receber acompanhamento. Sem mais!


Fonte: folha 1


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