Uma nova análise dos dados de um grande ensaio clínico realizado em adultos mais velhos e saudáveis encontrou taxas mais altas de sangramento cerebral entre aqueles que tomaram aspirina em baixas doses diariamente e nenhuma proteção significativa contra derrame. Essa é a mais nova evidência de que a aspirina em baixa dose, que retarda a ação de coagulação das plaquetas, pode não ser apropriada para pessoas que não têm histórico de problemas cardíacos ou sinais de alerta de derrame.

Pessoas mais velhas propensas a quedas, que podem causar hemorragias cerebrais, devem ser particularmente cautelosas ao tomar aspirina, sugerem os resultados. Os novos dados apoiam a recomendação da Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA, finalizada no ano passado, de que a aspirina em baixa dose não deve ser prescrita para prevenir um primeiro ataque cardíaco ou derrame em idosos saudáveis.

“Podemos ser muito enfáticos ao dizer que pessoas saudáveis que não tomam aspirina e não têm múltiplos fatores de risco não deveriam começar agora”, disse Randall Stafford, professor de medicina e epidemiologista da Universidade de Stanford.

Ele reconheceu, no entanto, que a decisão foi menos clara para pessoas que não se encaixam nessa descrição.

“Quanto mais tempo você toma aspirina e quanto mais fatores de risco você tem para ataques cardíacos e derrames, mais obscuro fica”, disse.

Para a maioria das pessoas que já tiveram um ataque cardíaco ou derrame, a aspirina diária deve continuar sendo uma parte importante de seus cuidados, revelam especialistas em cardiologia. Sem mais!


Por: Silvana Venâncio 


Fonte: o globo 




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