Os trabalhadores terceirizados de plataformas da Bacia de Campos fazem uma paralisação das atividades nesta quinta-feira (29). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Pintura Industrial e Construção Civil de Macaé (Sintipicc), ato, previsto para acontecer durante 24 horas, é um protesto que reivindica o reajuste salarial da categoria de 30%. A paralisação acontece em cerca de
20 plataformas.
Ainda de acordo com a categoria, o Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção
Industrial (Sindemon) ofereceu um reajuste apenas de de 2,72%. Além disso, o sindicato que representa os trabalhadores, diz que as empresas se recusam a oferecer planos de saúde para o trabalhador e dependentes sem custos. Durante a manhã e tarde desta quinta, além dos atos nas plataformas, alguns trabalhadores e membros do sindicato realizam um protesto na Praça Washington Luiz, no Centro de Macaé. Em cima de um trio elétrico, membros do sindicato reforçam a reivindicação do reajuste salarial e avisam que qualquer trabalhador que tenha sido prejudicado pelo protesto deve procurar o sindicato para formalizar uma denúncia.
Através das redes sociais, o advogado do Sintipicc, Leonardo Lessa, falou sobre a paralisação, que foi definida em assembleia realizada no dia 13 de junho.
"É uma manifestação de advertência e de repúdio contra esse aumento pífio oferecido pelo patronal. Não podemos mais tolerar esse tipo de comportamento com o nosso trabalhador que é tão qualificado no mercado de trabalho", disse.
A reportagem entrou em contato com a Petrobras, que gerencia as plataformas da Bacia de Campos, para saber o que a empresa tem a dizer sobre a reivindicação dos funcionários e também sobre os impactos causados pela paralisação. Em nota, a Petrobras informou que no desenvolvimento de suas atividades realiza a contratação de empresas prestadoras de serviços e que não interfere nas relações entre as empresas contratadas, seus trabalhadores e sindicatos.
"A companhia reforça que todos os seus contratos de serviço estão em conformidade com a legislação vigente.
As plataformas seguem operando normalmente. Não há impacto na produção", disse ainda a empresa. Sem mais!
Por: Silvana Venâncio
Fonte: folha 1