Após a informação de que o governador Claudio Castro pretende construir um presídio de segurança máxima no interior do estado, podendo ser em Macaé ou em Itaperuna, moradores das duas cidades e as prefeituras se mostraram preocupados com a possibilidade.

O projeto de construção de um novo presídio de segurança máxima no estado foi anunciado pelo colunista

Lauro Jardim, do Jornal O Globo. A ideia, segundo a coluna, é encarcerar na unidade os chefões das facções que atuam no estado. Bangu 1, que foi erguido com esse objetivo 35 anos atrás, há tempos deixou de poder ostentar tal qualificação, disse a publicação.

Em Itaperuna já existe uma unidade prisional, mas comum, que é o Presídio Diomedes Vinhosa Muniz. Em nota, a prefeitura de Itaperuna disse que é contrária a possibilidade de um novo presídio no município.

Já Macaé, que não possui nenhuma unidade prisional, informou que não recebeu nenhum comunicado oficial sobre a construção, mas que existe uma vedação na própria lei orgânica do município que proíbe a construção desse tipo de casa de custódia ou presídio no território do município.

O deputado estadual e ex-secretário de Governo, o macaense Chico Machado, usou as suas redes sociais para informar que Macaé está fora da possibilidade de ter um presídio de Segurança Máxima. Segundo ele, após contato do prefeito de Macaé, Welberth Rezende, com o governador, veio a garantia que o município não terá o complexo prisional. 

Para o especialista em segurança pública, Roberto Uchôa, a iniciativa de construir um presídio de segurança máxima no interior é vista com bons olhos, já que muitos presos ficaram perto de suas famílias. Porém, é preciso avaliar toda a questão estrutural que envolve uma unidade como esta.

"Não há um cuidado mínimo sobre instalações, fazendo com que a violência retorne para a população. E preciso que o estado apresente uma política pública de melhoria das instalações das penitenciárias existentes, de melhor controle de cumprimento de penas, das condições de trabalho das pessoas que fazem a segurança, além do combate ao crime organizado dentro das unidades", disse.

A equipe de reportagem perguntou a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) sobre o processo de construção dessa nova unidade, inclusive sobre o que levou o estado a escolher uma das duas cidades da região para abrigar o presídio, mas não obteve respostas. Sem mais!


Por: Silvana Venâncio 


Fonte: folha 1

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