Sob gritos de "assassino", o professor e empresário Diego

Viola de Nadai, principal suspeito de ser o mandante do assassinato da gestante Letycia Peixoto Fonseca e do bebê Hugo que chegou a nascer, mas morreu horas depois, deixou o prédio do Ministério Público do Estado de Janeiro (MPRJ), em Campos. Com cartazes, os familiares de Letycia estiverem em frente ao prédio e realizaram um ato pedindo justiça pela morte da jovem gestante. A audiência com o promotor de Justiça, Fabiano Rangel, com a presença da delegada titular da 134ª Delegacia de Polícia, Natália Patrão, além dos advogados de defesa, aconteceu nesta tarde de segunda-feira (27). Diego se manteve calado durante todo o interrogatório.

O inquérito da morte ainda não está fechado. Diego segue em prisão temporária. "O caso ainda está em investigação. Tem muita coisa ainda a ser colhida. Então, por questão de prudência, eu como advogado e futuro assistente de acusação do caso, após conversar com doutor Fabiano, no momento, não posso tecer nenhum comentário a cerca da investigação", disse o advogado Márcio Marques, explicando que a presença do Diego no MPRJ é prerrogativa do órgão que é titular da ação penal.

"Se durante as investigações, o MPRJ entender que tem pontos a serem esclarecidos pode requisitar a qualquer momento e tempo as pessoas envolvidas no caso", ainda ressaltou Marques, dizendo que não chegou a acompanhar o interrogatório.

Letycia foi morta com cinco tiros no dia 02 de março, no Parque Aurora. Diogo está preso desde o dia 07 de março e outros quatro suspeitos de participação no crime também foram presos. Familiares e amigos de Letycia seguem em luto e só querem que a justiça seja feita.

Cerca de 15 pessoas, inclusive sua mãe, Cintia Pessanha

Peixoto, que estava na hora do crime e levou um tiro na perna, se mantiveram durante todo o tempo que durou o interrogatório na frente do prédio do Ministério Público.

Com cartazes de "queremos justiça para Letycia e Hugo", não se contiveram ao assistir quanto Diogo deixou o prédio para entrar no carro do Sistema Penitenciário, quando muitos gritos de "assassino" foram ouvidos. A Polícia Militar também acompanhou de perto a manifestação, mas sem incidente que necessitasse de atuação.

"Meu coração só terá paz quando ele (Diogo) for condenado. Como a delegada falou, tiveram várias tentativas contra a minha filha. Quero Justiça e quem estiver com ele, não sei se é só ele, só a Justiça poderá dizer. A frieza de estar sentado todo dia com minha filha, dentro da minha casa, aquela cena toda no caixão, no enterro da minha filha, do meu neto. A gente pergunta por que todo dia, toda hora?", disse Cintia Peixoto, mãe de

Letycia.

Ainda, segundo ela, se recorda que na quarta-feira (01 de março), um dia antes do crime, ela saiu de casa e viu dois homens em uma moto desligada no escuro. "Eu tinha levado minha filha ao médico e me recordei que quando eu abri o portão para jogar o lixo, tinham dois homens em uma moto apagada, olhando e tentando vê quem era.

Nesse momento, eu entro e minha filha estava jantando.

Só quem sabia que a Letycia tinha saído 22h para a

Unimed eram ele e eu. Agora é fácil inventar qualquer história", se recorda Cíntia. Sem mais!


Por: Silvana Venâncio 


Fonte: folha 1 

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