Os jovens são a parcela da população mais afetada pela crise de saúde causada pela pandemia de Covid-19, segundo relatório anual do Estado Mental do Mundo, divulgado nesta semana pela organização de pesquisa sem fins lucrativos Sapien Labs. Eles têm uma probabilidade cinco vezes maior de relatar queixas de saúde mental em comparação com a geração de seus avós.

"Não há uma única região, grupo linguístico, ou país onde o declínio do bem-estar mental em gerações sucessivamente mais jovens não é aparente. Isso se traduz em um aumento dramático na porcentagem de cada geração mais jovem que está mentalmente angustiada ou lutando em um nível qualificável como de natureza clínica ou requerendo ajuda profissional", aponta o estudo internacional.

O estudo mostra como o mundo está se recuperando da pandemia e como as relações familiares e amizades estão se deteriorando, com consequências significativas para o bem-estar mental.

A cada ano, o relatório apresenta o estado mental das populações, as tendências em relação aos anos anteriores, e pela primeira vez o Brasil foi incluído no estudo. No país, existem cerca de 40% mais pessoas de 18 a 24 anos relatando queixas de saúde mental quando comparadas à faixa etária de 55 a 64 anos.

O número é ainda maior em relação aos países da América Latina de forma geral e do Caribe. A pesquisa pontuou que menos de 15% das pessoas entre 55 e 64 anos relataram sintomas clínicos de transtornos de saúde mental, enquanto esse percentual foi acima de 50% para as faixas etárias mais jovens.

Especialistas na área afirmam que é nítido o aumento de pessoas mais jovens procurando ajuda profissional com casos de ansiedade e depressão, principalmente, e aponta algumas razões para o agravamento do quadro, como a falta de contato social, o isolamento e a incerteza do futuro.

Apesar disso, eles também notam que houve uma diminuição do preconceito contra a terapia e outros processos de autoconhecimento durante a pandemia e conseguem falar mais abertamente com especialistas sobre o assunto e seus problemas. Sem mais!


Por: Silvana Venâncio 


Fonte: agência Brasil

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