Um raio cai duas vezes no mesmo lugar? A resposta é sim! E o exemplo usado pelos especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) é o do Cristo Redentor, monumento que chega a ser atingido por até seis raios por ano. O mais recente, na última sexta-feira, quando a cidade foi assolada por um temporal, caiu em cheio no topo da estátua e foi registrado pelo fotógrafo Fernando Braga. As chances de essa imagem se repetir têm crescido. De acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe, em janeiro deste ano houve um aumento de 33% no número de raios no Estado do Rio: de 309 mil, em 2022, para 413 mil. No mesmo mês de 2021, foram 149 mil.


— A gente percebe um aumento expressivo nos números do Rio. E há uma tendência de aumento no número de raios no Brasil. A gente previa que aumentasse em uma década, mas já está subindo. Isso pode ser fruto da intensificação de tempestades por que o planeta e, consequentemente, o Brasil estão passando — observa o doutor em geofísica espacial e coordenador do Elat, Osmar Pinto Júnior, acrescentando que será preciso analisar os dados dos próximos anos para constatar a causa desse crescimento.


Estátua não sofreu danos


As cidades fluminenses mais atingidas mês passado foram Campos dos Goytacazes (29.151), Cachoeiras de Macacu (25.243) e Valença (23.099). No ranking nacional, em janeiro, o Inpe posiciona o Rio como o 15º estado com a maior incidência de raios entre as 27 unidades da federação. Minas Gerais, o primeiro colocado, recebeu 4,496 milhões de descargas. Segundo Osmar Júnior, a incidência no Rio é mais comum no verão:

— Contribuem as temperaturas muito altas e as cadeias de montanha, além de constantemente ser rota de passagem de sistemas frontais. Sem mais!


Por: Silvana Venâncio 


Fonte: o globo 

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