Na

manhã desta quinta-feira (19), policiais federais da

Delegacia de Polícia Federal em Campos dos Goytacazes prenderam o terceiro alvo da operação Ulysses, deflagrada na última segunda-feira (16). O homem, apontado como o ativista Carlos Victor Carvalho, o CVC, foi encontrado em uma pousada no município de Guaçuí, no Espírito Santo. Com isso, os três mandados de prisão foram cumpridos de forma efetiva. Os outros dois presos na mesma operação são o bombeiro militar Roberto Henrique de Souza Júnior e a doceira Elizângela Cunha

Pimentel Braga.

O ativista Carlos Victor Carvalho, conhecido como CVC, um dos líderes do Movimento Direita Campos e suplente de vereador no município é apontado como o terceiro alvo da operação com a prisão decretada.

A PF mantinha a identidade do suspeito, ainda foragido, em sigilo sob a alegação de não atrapalhar as diligências.

Como as investigações ocorrem em sigilo, a PF também não especificou qual seria a participação de cada um dos suspeitos nos atos antidemocráticos.

Conhecido por sua atuação ostensiva nas redes sociais em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o fundador do

Associação Direita Campos, CVC, se mantinha calado até a noite de ontem, pelo menos na internet, sobre ser um dos alvos da PF.

CVC ganhou notoriedade pelo alinhamento com pautas conservadoras e, como candidato a vereador em Campos, viu o seu número de eleitores subir de 117, em 2012, para 2.292 nas eleições de 2020. Foi o 13° candidato a vereador mais votado e o mais votado entre os não eleitos, ficando como suplente.

A sua ascensão política rendeu também um cargo de assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Ele foi nomeado no gabinete do deputado estadual bolsonarista Felippe

Poubel (PL) em junho do ano passado, com salário líquido de R$ 5.588,37.

Um perfil de Carlos Victor nas redes sociais tem mais de 50 mil seguidores e conta com postagens de apoio ao ex-presidente, assim como críticas a Lula (PT). No Instagram, ele tem como foto de perfil uma imagem em que faz o gesto de "arminha" com as mãos e se apresenta como

"cristão, conservador, anticomunista e contra o aborto".

No Facebook, chegou a postar uma imagem, que foi apagada, participando de um ato antidemocrático em Brasília, com a frase: "O congresso Nacional é do povo" e completou "não reconheço presidente condenado".

Suas atividades mais recentes em redes sociais aconteceram no Twitter. Embora seja um dos líderes da Direita em Campos, tem tentado afastar o seu nome dos ataques terroristas em Brasília. "Há 8 anos organizo atos a favor da direita e nunca depredei patrimônio público ou

  privado, pois repudio totalmente esses atos de vandalismo. O que aconteceu em Brasília deve ser condenado por todos que querem um Brasil livre e democrático. Não devemos nos igualar à esquerda", tuitou no dia 9.

Em outros posts, porém, tentou responsabilizar o presidente Lula. "A partir do momento que Lula recebe a informação de um possível atentado aos três poderes e não toma nenhuma providência, ele comete crime de Prevaricação, passivo de processo de impeachment. Isso prova o envolvimento direto do bandido de nove dedos no atentado", publicou no dia 10. Sem mais!!

 

Por: Silvana Venâncio

 

Fonte: Silvana Venâncio 

 

 

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