A Polícia Federal ainda não deu detalhes sobre como se deu o envolvimento do subtenente do bombeiro militar

Roberto Henrique de Souza Júnior, 52 anos, preso em Campos, nos atos antidemocráticos ocorridos em Brasília. Mas, logo que divulgado o nome dele, começaram a circular em grupos de mensagens prints, nos quais são atribuídos a ele o contato para arrecadar recursos e bancar possíveis manifestantes campistas na capital federal, inclusive com a divulgação de um pix que estaria atrelado ao bombeiro.

Segundo o site "O Antagonista" o bombeiro teria sido identificado pela Polícia Federal, justamente por meio de uma chave pix. Ainda de acordo com a página, "as investigações apontam que o subtenente teria realizado transferências de valores para financiar grupos bolsonaristas. Entretanto, a PF acredita que o bombeiro militar não seja a ponta do esquema".

Uma das mensagens, cujo print está rodando, traz a seguinte informação: "Estamos com seis amigos lá em Brasília, todos saíram daqui de Campos, será que conseguimos juntar ajuda para dar suporte a eles, seria uma forma de estarmos juntos na luta, acho que 50,00 de cada um não fica puxado e será muito importante para os que estão na frente de batalha, nós temos o irmão (nome omitido pelo Blog por falta de confirmação) representando os bombeiros de Campos, vou passar para ele a ajuda e ele fará chegar nos demais. Vamos ajudar irmãos, é de extrema importância. Contribuição para a frente de batalha em Brasília".

Abaixo do referido texto consta o pix com o e-mail e nome do bombeiro, além de uma suposta lista com outros nomes que teriam contribuído com quantias de R$ 50 a R$ 100. Os nomes também serão omitidos pelo Blog por não ter conseguido confirmar a veracidade do conteúdo do print.

O que se sabe até agora é que o subtenente Roberto

Henrique, que atua no quartel da Codin em Guarus, foi candidato a deputado federal nas eleições de 2018. A época, o bombeiro disputou o pleito pelo partido

Patriota, partido ligado a base do ex-presidente Jair

Bolsonaro (PL), sob o nome de Júnior Bombeiro. Ele teve apenas 1.260 votos.

operação da Polícia Federal investiga suspeitos de organizar e financiar os atos terroristas no Distrito Federal, em 8 de janeiro. Outros dois alvos de mandados de prisão são procurados e o Blog também pediu à PF atualização sobre novas possíveis prisões e também aguarda retorno. Os nomes dos alvos não foram divulgados oficialmente, mas a Folha de São Paulo chegou a apontar um conhecido integrante do movimento de direita em Campos.

Além das prisões, também foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. Na ação, a PF apreendeu celulares, computadores e documentos diversos.

Os suspeitos são investigados por associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais - crimes que teriam sido cometidos ao financiarem e organizarem os ataques às sedes dos três Poderes, em Brasília, e nos atos em frente aos quartéis em Campos.

Além disso, os alvos também são investigados pelos atos antidemocráticos pós-segundo turno das eleições, que bloquearam vias no Rio de Janeiro.

"Durante a investigação, foi possível colher elementos de prova capazes de vincular os investigados na organização e liderança dos eventos. Além disso, com o cumprimento hoje dos mandados judiciais, será possível identificar eventuais outros partícipes/coautores na empreitada criminosa", diz comunicado da Polícia Federal.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Leandro Monteiro informou ao G1 que

"será instaurado, ainda hoje, um Inquérito Policial Militar para apurar a participação do bombeiro da corporação em ataques contra o patrimônio público e em associações criminosas visando à incitação contra os poderes institucionais estabelecidos, o que é inadmissível.

O Corpo de Bombeiros informou ainda que o militar preso, sem divulgar o nome, seria conduzido ainda nesta segunda para o Grupamento Especial Prisional (GEP) do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro

(CBMERJ). Sem mais!!

 

Por: Silvana Venâncio

 

Fonte: folha 1

 

 

 

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